"Vamos começar com uma parábola.
Imaginem que um telefone via satélite fosse levado pelo mar até a praia de uma ilha remota habitada por uma tribo que nunca teve contato com a civilização moderna. Os nativos brincam com as teclas e ouvem vozes diferentes quando pressionam os números em certas seqüências. A princípio, eles supõem que é o aparelho que faz aqueles ruídos, e alguns nativos mais inteligentes, os cientistas da tribo, montam uma réplica exata e pressionam os números novamente. Tornam a ouvir as vozes. Então, a conclusão lhes parece óbvia: aquela particular combinação de cristais, metais e substâncias químicas produz o que parece voz humana, e isso significa que as vozes são simplesmente propriedades do aparelho.
O sábio da tribo, porém, convoca os cientistas para uma discussão. Pensara muito sobre o assunto e chegara à seguinte conclusão: as vozes que passam através do aparelho só podem estar vindo de pessoas como eles, pessoas vivas e conscientes, embora falando em outra língua. Em vez de concluir que as vozes são simplesmente propriedades do aparelho, eles deviam investigar a possibilidade de estarem entrando em contato com outros humanos através de uma misteriosa rede de comunicação. Talvez um estudo mais profundo pudesse dar-lhes uma compreensão mais ampla do mundo além da ilha. Mas os cientistas riem do sábio e dizem: "Escute, quando danificamos o instrumento, as vozes param de chegar até nós, então, elas não são nada mais que sons produzidos por uma combinação especial de lítio, placas de circuito e diodos emissores de luz".
Com essa parábola, vemos como é fácil deixar que teorias pré-concebidas modelem o modo como vemos as evidências, em vez de deixar que as evidências modelem nossas teorias. "
Trecho retirado do livro "Um ateu garante: Deus existe" de Antony Flew
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Nada como parábolas pra nos tirar do ponto que estamos, elevar-nos a um ponto simbólico, para que quando retornarmos ao ponto do qual partimos estejamos mais a frente no nosso entendimento.
Óbvio! Que não?
Neurônio chamuscado por Luís Dourado "Highlander" Marcadores: Behavior
3 comentários:
Oi, Highlander!
Tempos que te devo uma visita aqui em seu cérebro azul! Não me leve à mal pela falta, mas é que tem certos assuntos abordados que os neurônios falham rsrsrs, não fazem parte de meu universo.
Bom, as fábulas são momentaneamente lúdicas e com isso, sempre há aprendizado e aprendizagem. Com a brincadeira aprende-se coisas sérias...
Esopo tem um livro de fábulas muito bom! Vale a pena conferi-lo.
Um bom final de semana pra vc e sua família!!
Caríssimo, vc sabe o que são Koans?
Koans são excelente exercícios para o pensamento.
Tenho um amigo em Pirenópolis que fabrica objetos-koans. é uma delícia passar uma tarde de domingo pensando naqueles enigmas.
Um dia digno de ti.
Beijos meus!
Duda!!!
Você é mais do que bem-vinda aqui! Muitooo legal ter a sua visita, moça!!! Eu não li o livro, mas vou procurá-lo, pois eu adoro o mundo lúdico/lúcido!! rssss
Beijossss!
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Morgue querida!
Koans! Eu apenas conheço de ouvir falar, mas nunca tive contato! Deve ser bom demais, eu amo exercícios que mexem com a mente! hehehe
Beijossss!
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