Tenho pensado muito sobre a importância das coisas, e como essas coisas podem, ou não, ser um problema diante de diversos paradigmas. Pra alguns, é tão importante ter um carro zero, ou simplesmente ter um certo status, para outros o problema maior é solidão, dificuldades em ter alguém pra amar e ser amado. E sucessivamente, observamos casos e mais casos onde problemas de alguns são tão mínimos quando colocados próximos ao que realmente importa.
Eu mesmo penso muito no que tenho feito nesses 32 anos e uns meses, penso muito se eu me for, o que vou deixar como herança. Não falo de dinheiro, primeiro porque não tenho mesmo, segundo porque se tivesse ele seria gasto em dias, meses ou anos. Falo daquela herança que não se gasta, que é o que fazemos e deixamos como exemplo, ou das coisas que fazemos em vida pra quem precisa de nós. Pode ser um filho que envelhece dizendo: "Poxa, como meu velho faz falta, ele me ensinou tanta coisa boa." Ainda alguns amigos que dizem: "Brindemos a memória do nosso amigo, que perto ou longe, soube ser amigo e sua companhia agradável sempre será lembrada."
Todos nós vamos embora um dia, não há dúvidas. Mas o que faz de alguém imortal? O corpo pode morrer, se decompor, mas eu acredito na imortalidade da essência, da alma, do espírito de uma pessoa que lutou a vida toda por um propósito, e não se corrompeu, nem mudou seus princípios para o que convém. Manter-se firme não é fácil, e talvez sejam tão poucos os imortais que conhecemos hoje em dia.
Quero lutar pelos meu propósitos, ter meus princípios incorruptíveis, e um dia, quando eu me for, seja hoje, daqui um mês, ou dos muitos anos que virão, que eu seja lembrado como alguém que viveu dando valor ao que realmente importa. Assim iria feliz, por saber que de alguma forma continuaria vivo.
O que importa mesmo?
Neurônio chamuscado por Luís Dourado "Highlander" Marcadores: Thinking
2 comentários:
A velhice se aproxima e o medo de ser só apenas mais um CPF aumenta... rs
Vc já tem semeado muitas plantas ao longo desse caminho de 32 anos. Sua obra já tem sido escrita, pode ser que os leitores sejam poucos.
Mas leitores bons não se acham com facilidade. Não é todo mundo que lê autores imortais e que entendem a leitura...
Viva sem o compromisso de se imortalizar, e pode ter certeza que a imortalidade baterá em sua porta.
Beijooooooooooooooooos
Oh Maninha!
Ler isso de uma imortal já é uma grande alegria, sem dúvidas! hehe
Beijos linda.
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