Lembro que meu pai fez de tudo para me levar pra ver esse filme, pois ele sabia o quanto eu gostava. Numa tarde, ele me levou junto ao trabalho, e num cinema dentro de um Shopping onde ele estava montando uma loja, pois na época ele tinha uma marcenaria, deixou o pessoal montando os móveis pra ir no andar de cima comigo. Foi algo de última hora e parece que não tinha mais lugares. Lembro que ele deu um jeito, conversou e conversou e no fim, conseguiu que entrássemos. Porém não haviam mais assentos disponíveis.
Ele moveu o cinema para me arrumar uma poltrona, e de repente vejo os caras do cinema carregando uma poltrona "das grandes" no fundão do cinema só pra eu assistir o filme acomodado. E meu pai? Assistiu de pé. Eu queria que ele revezasse comigo, mas ele insistiu pra que eu ficasse sentado o tempo todo e curtisse o filme.
Confesso que realmente adorei o filme, mas nesse dia o que mais adorei foi assistir o quanto meu pai lutou pra me tirar um sorriso, fazer algo que eu tanto gostava. E por um momento parei de olhar o herói da ficção pra olhar com muita gratidão, pra um herói de verdade.
2 comentários:
Haa agora consegui... to te seguindo querido... ÓTIMO texto... me faz lembrar do quanto meu pai é também um herói para mim...
bju
ai q lindo! chorei lembrando do meu pai q não está mais nesse plano. q saudade...
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